Aviso Agricola Dão Nº3/19

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VINHA

Escoriose

As vinhas da região encontram-se no estado de “saída das folhas” (estado D), apresentando-se algumas já no estado de “folhas livres” (estado E), fase fundamental no controlo da escoriose. A instalação desta doença é favorecida por humidade elevada ou precipitação e o tratamento só se justifica se houver condições para infeção. Face ao exposto e à previsão do IPMA de risco de precipitação, recomendamos tratar para escoriose nas vinhas onde este problema tem sido recorrente e onde o desenvolvimento vegetativo ainda o justificar. Opte por uma das seguintes modalidades, de acordo com o estado de desenvolvimento da sua vinha:

  • Apenas um tratamento – quando metade da vinha apresenta 30 a 40% dos gomos no estado C/D (ponta verde/saída das folhas), usando um fungicida com azoxistrobina ou com uma das seguintes misturas de substâncias ativas: folpete + fosetil de alumínio, azoxistrobina + folpete, metirame + piraclostrobina ou ditianão + fosfonato de potássio.
  • Dois tratamentos, o primeiro no estado fenológico D e o segundo quando 30 a 40% dos gomos se encontrarem no estado fenológico E (folhas livres), com uma das seguintes substâncias ativas: enxofre, folpete, mancozebe, metirame, ou com as misturas fosetil de alumínio + mancozebe, famoxadona + mancozebe, metirame + piraclostrobina ou ditianão + fosfonatos de potássio.

Figura 1. Estados fenológicos da vinha de A a E

 

Traça-da-uva

A confusão sexual é uma prática que ajuda ao controlo das populações de traça, permitindo a redução do uso de inseticidas. Nos nossos POB já foram detetados os primeiros adultos de traça, pelo que está na altura de colocar os difusores para confusão sexual. Nesta fase não é necessário qualquer tratamento para a traça-da-uva.

 

MACIEIRA

Pedrado

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê a ocorrência de aguaceiros e trovoadas para os próximos dias. Estas condições meteorológicas normalmente ocorrem de forma localizada e incerta. Contudo o risco de contaminações primárias é elevado pois as pseudotecas já se encontram maduras e as variedades mais precoces no inicio da floração, estado fenológico extremamente sensível à doença. Recomendamos a realização imediata de tratamento com um produto de contacto com ação preventiva. Consulte a lista dos produtos homologados para o pedrado da macieira que acompanha a presente Circular.

Piolho Cinzento e Pilho Verde

Já foi observada a presença destas pragas nalguns pomares da região. Observe 100 rebentos ao acaso e se contabilizar 2 a 5 rebentos infestados com piolho cinzento e/ou 10 a 15 rebentos com piolho verde, deve realizar tratamento apenas nas variedades que ainda não iniciaram a floração. Para as variedades em floração este tratamento deve ser efetuado só após a queda da pétala.

 

OLIVEIRA

Olho-de-Pavão e Cercosporiose

Já foram observados sintomas de Olho-de-Pavão e Cercosporiose nos olivais mantidos sob observação. Recomendamos a sua proteção até ao estado C – aparecimento dos botões florais. Opte por produtos à base de cobre e realize o tratamento antes ou imediatamente após a ocorrência de precipitação.

 

PESSEGUEIRO

Lepra do pessegueiro

Deve manter a cultura protegida para a lepra até ao vingamento dos frutos. Os tratamentos devem ser realizados preventivamente, antes da ocorrência de precipitação. Nesta altura o cobre já causa fitoxicidade devendo ser aplicados produtos à base de difenoconazol, dodina, enxofre, tirame ou zirame.

 

Consulte o Boletim no Serviço Nacional de Avisos Agricolas: Aviso Agricola Nº 3

Fonte: Estação de Avisos do Dão