MACIEIRA
Formas hibernantes de aranhiço vermelho, cochonilha de S. José e afídeos
Recomenda-se a aplicação de Óleo Parafínico o mais próximo possível do abrolhamento. Este produto atua por contato, forma uma pelicula e causa a morte do inimigo por asfixia. A pulverização deve ser efetuada a alto volume e alta pressão, de modo a que a calda atinja uniformemente ramos e troncos. Deverá ler o rótulo e, na presença de elevada infestação destas pragas, opte pela concentração mais elevada.
Para que o tratamento seja eficaz recomendamos o cumprimento do seguinte:
- Efetue a aplicação da calda com temperaturas diurnas acima dos 15ºC;
- Utilize pulverizadores com agitador de forma a garantir a uniformidade da calda;
- Evite a realização de tratamento caso haja a previsão de formação de geada ou ocorrência de precipitação;
- Não adicione à calda produtos formulados com as seguintes substâncias ativas: ditianão, captana, folpete, enxofre, tirame e zirame;
- Após a aplicação do óleo não trate com produtos que contenham uma das substâncias ativas atrás referidas. Entre as aplicações deixe um intervalo de 15 dias.
Cancro, Pedrado e Moniliose
De forma a conferir proteção contra estas doenças, realize ao abrolhamento um tratamento com um produto à base de cobre. Devido ao risco de fitoxicidade, não devem ser aplicados produtos cúpricos após o aparecimento da ponta verde.
PESSEGUEIRO
Lepra do pessegueiro
Os tratamentos devem ser realizados preventivamente, antes da ocorrência de precipitação. Ao inchamento do gomo, antes do abrolhamento, opte por produtos à base de cobre. Após o abrolhamento devem ser aplicadas caldas à base de difenoconazol, dodina, enxofre, tirame ou zirame.
VINHA
Controlo de infestantes com herbicidas
- Na escolha do herbicida tenha em consideração a idade das videiras;
- Evite pulverizar as videiras;
- Não aplique herbicidas em dias de vento;
- Pulverize o herbicida com baixa pressão de pulverização, o que evita o seu arrastamento do produto;
- Não aplique herbicidas com atomizadores.
Consulte a lista anexa de substâncias ativas homologadas para o controlo de infestantes na vinha.
OLIVEIRA
Olho-de-Pavão
Os olivais da região já se encontram no estado B – Início vegetativo. Recomendamos a sua proteção até ao estado C – aparecimento dos botões florais. Opte por produtos à base de cobre e realize os tratamentos antes da ocorrência de precipitação.
Poda e sanidade do olival
A oliveira é muito sensível ao frio e só após ultrapassado o período de geadas é aconselhável a realização da poda. Esta operação deve proporcionar arejamento e entrada de luz na copa. Caso tenha registado a presença de caruncho no ano anterior, aconselhamos deixar ramos mais grossos dispersos no olival. Estes ramos vão servir de isco ao inseto e, antes da abertura das primeiras flores, devem ser retirados da parcela e queimados. Nos olivais atacados por tuberculose, aconselha-se a realização da poda com tempo seco, a eliminação dos ramos doentes e, posteriormente, tratamento com um produto à base cobre e a desinfeção de materiais de corte.
CITRINOS
Míldio ou aguado dos citrinos
Já foram observados frutos com sintomas de míldio. Aconselha-se a proteção dos citrinos, antes da ocorrência de precipitação, com produtos à base de cobre ou fosetil de alumínio.
Psila Africana dos Citrinos (Trioza erytreae)
Face à capacidade de dispersão deste inseto, recomendamos vigilância dos citrinos, em particular, nos localizados nas freguesias de São João da Serra, Arcozelo das Maias e Ribeiradio do concelho de Oliveira de Frades e freguesias de Manhouce e Valadares, do concelho de S. Pedro do Sul, devido à proximidade com zonas já infestadas. Caso observe sintomas suspeitos conforme figuras abaixo, contacte de imediato a Estação de Avisos do Dão, Junta de Freguesia ou Câmara Municipal.
Horas de Frio – Informação
Viseu/EAViseu: 954
Tondela/Lobão da Beira: 485
São Pedro do Sul/Várzea: 757
Nelas/CEVDão: 747
Gouveia/Nabais: 725
PEQUENOS FRUTOS
Drosófila da asa manchada (Drosophila suzukii)
Tendo em conta que os adultos estão sempre presentes, a captura em massa deve ser praticada durante todo o ano, promovendo-se a diminuição da população. Deste modo, é importante manter, durante o inverno, as armadilhas com isco atrativo. Podem ser utilizadas armadilhas tradicionais (Figura 3), na ordem das 90 a 100 por hectare. Recomenda-se a renovação do isco e ao fazê-lo não deve deitar o conteúdo no chão da parcela, mas sim num saco ou bidão plástico que, após bem fechado, deve ser exposto ao sol durante 4 a 5 dias. Após a solarização, esvaziar para uma cova com mais de 50 cm de profundidade e cobrir com terra. Caso disponha de plantas hospedeiras na proximidade da
parcela também deve colocar garrafas, pois estas são locais de refugio da praga. Como medidas culturais, privilegie o controlo da vegetação de modo a permitir entrada de luz e arejamento. Promova também a drenagem do terreno de modo a diminuir o nível de humidade.
Consulte o Boletim no Serviço Nacional de Avisos Agricolas: Aviso Agricola Nº 2
Fonte: Estação de Avisos do Dão